PRESS RELEASE DOWNLOADS

PNE 2050 vai definir o tamanho da
geração nuclear na matriz brasileira
Com recorde de público e já considerada uma das edições mais concorridas da série, 10º SIEN reuniu cerca de 250 pessoas
Assess. SIEN2019: 18/08/2019 |
12:05hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Eletronuclear confirma sua participação e patrocínio ao SIEN 2019
Empresa está empenhada na retomada de Angra 3
Assess. SIEN2019: 12/08/2019 |
15:05hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Rosatom confirma sua participação no X SIEN
Empresa russa Já construiu 77 Unidades VVER em vários países e possui 36 projetos de novas unidades no mundo
Assess. SIEN2019: 09/08/2019 | 08:45hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Secretário de Planejamento Energético do MME, Reive Barros, abre o 10º SIEN dia 14/08 no Rio
Modelo de parceria para Angra 3 e novas usinas nucleares está no centro dos debates da décima edição do evento
Assess. SIEN2019: 03/08/2019 | 11:25hs
| Rio de Janeiro
Download do release completo

Impacto da retomada de Angra 3
na economia do Rio e do País será tema de palestra da FIRJAN
Para cada real investido na usina de Angra 3, serão gerados R$ 1,57 no estado do Rio de Janeiro e R$ 2,28 no país.
 Assess. SIEN2019: 28/07/2019 | 14:30hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Modelo de parceria para conclusão
de Angra 3 sai até o final de julho
Assunto está no centro dos debates do SIEN 2019, que terá a presença do Secretário Especial do PPI e de Planejamento Energético do MME
 Assess. SIEN2019: 21/07/2019 | 18:10hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Marcada para agosto a 10ª edição do SIEN
Futuro do Setor Nuclear, novas tecnologias e parcerias em debate na agenda do 10º SIEN. ABIMAQ e 17 outras entidades já estão apoiando o evento
 Assess. SIEN2019: 10/06/2019 | 10:10hs | Rio de Janeiro
Download do release completo

Setor se mobiliza para a 10ª edição do SIEN e Expo Nuclear
Evento já conta com apoio de 15 das mais importantes associações técnicas, profissionais e empresariais do setor elétrico e nuclear
 Assess. SIEN2019: 13/06/2019 | 14:10hs | Rio de Janeiro
Download do release completo


MINISTRO ANUNCIA FORTE RETOMADA DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO COM INVESTIMENTOS DA ORDEM DE R$ 15,5 BILHÕES DURANTE O SIEN

Empresa quer viabilizar primeiras parcerias em 2021 e anuncia que deverá retomar nos próximos meses a produção de urânio em Caetité
O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, abriu hoje, 28/10, o XI Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2020, com a palestra “O Impacto Sócio Econômico da Retomada Nuclear na Vida da Sociedade – o Setor Nuclear do Futuro”. Esta edição do SIEN, que vai até o próximo dia 30, tem como tema central o novo modelo de negócios para a retomada da usina de Angra 3, além da perspectiva de construção de até oito novas usinas nucleares até 2050, dentro do Plano Nacional de Energia – PNE 2050.

Bento Albuquerque apresentou sua palestra com base em cinco eixos que ele entende serem relevantes no contexto da energia nuclear brasileira: a conjuntura atual do Brasil na energia nuclear, a integração ministerial no desenvolvimento do setor, o impacto socioeconômico da retomada nuclear, os resultados das ações para a sociedade e as metas futuras do setor.

De acordo com o ministro, as ações com vistas a impulsionar o Programa Nuclear Brasileiro contam com o apoio irrestrito do Presidente Jair Bolsonaro, “que identifica o desenvolvimento do setor nuclear como uma prioridade para a sua gestão”.

Além disso, a interlocução, tanto com atores nacionais quanto internacionais, tem sido frequente e muito positiva, com ênfase para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a Agência de Energia Nuclear (NEA), a Agência Internacional de Energia (AIE), e a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e o Comitê Permanente de Política Nuclear Brasil-Argentina, “que tem fomentado a cooperação bilateral na área nuclear, o desenvolvimento tecnológico-nuclear e a criação de mecanismos que assegurem os interesses da paz, da segurança e do desenvolvimento da região”.

Com relação ao segmento nacional, Bento Albuquerque afirmou que o diálogo tem sido fluido e positivo com as associações do setor como a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN), e Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB), “um colegiado de alto nível, composto por onze ministros para assessorar o presidente no Programa Nuclear Brasileiro com viés de desenvolvimento e bem estar sócio ambiental”, destacou o Ministro.

“Estamos ultimando medidas para criar autoridade regulatória nuclear e dia a dia estamos avançando nos ajustes necessários para atualização do marco legal da atividade nuclear. A cisão do Conselho Nacional de Energia Nuclear”, afirmou o Ministro, que ressaltou a cisão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) como um grande avanço para o atendimento à Convenção sobre Segurança Nuclear (CSN), e, ainda, a agilização para ratificar o Protocolo de Emenda de 1997, da Convenção de Viena, sobre danos nucleares.

Descarbonização e sustentabilidade

Em sua palestra, Bento Albuquerque afirmou que o setor nuclear é um pilar da estratégia de desenvolvimento sustentável, que gera emprego e renda, e que contribui, decisivamente, para a descarbonização da matriz energética, fornecendo energia de base, com alto grau de confiabilidade e operando continuamente.

Ele também confirmou que o MME e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), após a regulamentação da autoridade regulatória nuclear, serão os órgãos responsáveis pelas políticas do setor. Enalteceu, no entanto, a relevante atuação transversal que terão os demais ministérios, como garantia da ampliação do setor nuclear tanto na área de energia quanto nas áreas de saúde, educação, agricultura, propulsão naval, medicina nuclear, entre outras. E enfatizou a importância dessa estrutura para a implantação, em um curto prazo, do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene) e do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

De acordo com o Ministro, a energia nuclear tem sido um componente vital no mix de energia do Brasil e que, mesmo com duas universidades com cursos em engenharia nuclear, o Brasil precisa dar um impulso maior com apoio interno e intercâmbios internacionais. “Possuímos o domínio autóctone de todo o ciclo do combustível nuclear e operamos, com êxito e total segurança, duas usinas nucleares, por mais de três décadas. A nossa matriz elétrica sempre teve forte ênfase ambiental, estamos bem posicionados para aumentar substancialmente a participação da energia nuclear na geração elétrica e temos o urânio”, enfatizou.

A busca pela autossuficiência na fabricação de combustível nuclear também é outra meta a ser atingida, assim como a estruturação da indústria nuclear com a transformação da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (NUCLEP), em empresas públicas.

Outros objetivos, de acordo com o Ministro, incluem o aumento da exportação de combustível nuclear pela ampliação da cascata de enriquecimento, que será possível com a retomada da mineração de urânio em Santa Quitéria/CE e em Caetité/BA e a retomada das obras de Angra 3.

Ele alertou que a propulsão naval com energia nuclear, através do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), o RMB, o Labgene, o PPI da Nuclep e a flexibilização do monopólio de mineração com a participação do capital privado, demonstram que o impacto socioeconômico é positivo para a sociedade brasileira com a retomada do programa nuclear.

Investimentos e geração de empregos

Bento Albuquerque anunciou investimentos da ordem de R$ 15,5 bilhões nos próximos anos para a retomada do setor, com a expectativa de ampliação de exportação de urânio/yellow cake para 1,5 toneladas/ano e projeções para geração de emprego e renda extremamente positivas para o País: plano de aceleração, construção e operação de Angra 3 com previsão de geração de 9.300 empregos; retomada de Caetité, gerando 1.800 empregos e em Santa Quitéria, somados implantação e operação, 4.500 novos empregos.

Falando sobre as metas futuras e os desafios para os próximos anos, o Ministro afirmou que o desenvolvimento do Plano Nacional de Energia - PNE 2050, recomendará ampliação da geração nuclear em até 10 gw, em 30 anos, e destacou alguns desafios que têm sido enfrentados, entre eles, o aprimoramento da legislação com vistas a atrair investimentos privados, inclusive na mineração de urânio; a conclusão das obras de Angra 3, até 2026; estender a vida útil para operação de Angra 1 por mais 20 anos e a retomada da mineração de urânio. “Cumprida essa etapa, poderemos produzir até 2.400 toneladas/ ano do mineral, já a partir de 2030”, ressaltou, entusiasmado, Bento Albuquerque.

Ele também destacou outras ações que serão relevantes no contexto da retomada como a implantação do repositório nacional para rejeitos de baixa e média intensidades, a construção do RMB, a conclusão do Labgene e o estabelecimento de uma cadeia produtiva para o setor, um cluster nuclear, integrando empresas, laboratórios e indústria, aproveitando a relativa proximidade física dessas unidades.

Bento Albuquerque concluiu sua palestra reforçando que “o governo brasileiro está avançando no exame com vistas à adesão à Convenção sobre Compensação por Dano Nuclear, por ocasião da revisão da convenção, em 2021. De toda forma, na prática, as determinações da convenção já vêm sendo implementadas pelo governo brasileiro”.

Assessoria de Comunicação Social

Ministério de Minas e Energia

(61)2032-5620


 Foto:  Ministro Bento Albuquerque  
Download do release completo

INB DEBATE NOVA LEGISLAÇÃO PARA PARCERIAS NA MINERAÇÃO DE URÂNIO

Empresa quer viabilizar primeiras parcerias em 2021 e anuncia que deverá retomar nos próximos meses a produção de urânio em Caetité

A implantação do repositório brasileiro de rejeitos de baixo e médio níveis de radiação (RBMN/CENTENA) vai ser tema de debate durante o XI Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2020), que acontecerá nos próximos dias 28, 29 e 30 de outubro. O Repositório Nacional tem sido apontado por especialistas do setor como solução para a disposição segura dos rejeitos radioativos, tema que mobiliza empresas e pesquisadores em todo o mundo, devido ao crescimento do interesse dos países por esta fonte de geração de energia.


Segundo especialistas, o repositório nacional é um requisito técnico tanto para a operação de Angra 3, cuja obra será retomada em 2021, como para a implementação do reator multipropósito (RMB), um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos – elementos ativos dos radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças. O RMB será capaz de multiplicar a capacidade do país para a produção desse insumo.


O inventário de rejeitos radiativos no Brasil já justifica o empreendimento, e ainda há a necessidade da unificação dos tratamentos e dos armazenamentos, para que se possa atingir todos os requisitos de segurança e de proteção desse material, dizem os especialistas. Tema do SIEN 2020, o projeto do RBMN/CENTENA, sob responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), está na fase de seleção do local para o repositório. O empreendimento terá licenciamento duplo, um por parte da autoridade nuclear e o ambiental ppelo Ibama.


As próximas etapas serão o projeto básico executivo, a construção da instalação e o repositório operacional. O Centena será um repositório complexo, permitindo a análise de segurança para os vários radionuclídeos gerados durante todas as operações nucleares no Brasil. Esse repositório vai cumprir o requisito de fechar o ciclo do uso dos materiais radioativos, seja para produção de energia elétrica, seja para pesquisa e desenvolvimento.


Setor em crescimento


No Brasil, o setor nuclear se preparar para dar um salto considerado definitivo pelos executivos e técnicos da área, depois que passou a ser tratado como política de Estado, ganhando um órgão de coordenação dentro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro - CDPNB/GSIPR.


Além da expectativa de investimentos de R$ 15,5 bilhões na retomada da usina nuclear Angra 3, prestes a definir um modelo de parceria internacional, a possibilidade de construção de oito novas plantas nucleares até 2050 no nordeste, dentro do Plano Nacional de Energia – PNE 2050, poderá gerar fortes investimentos no setor nuclear, que deve assumir um papel estratégico na retomada econômica pós-pandemia e impactar toda a cadeia industrial e de serviços. Especialistas projetam investimentos de cerca de US$ 50 bilhões em um período de 30 anos. Isto representa cerca de R$ 300 bilhões em 30 anos, o equivalente a R$ 10 bilhões por ano, apenas para as novas plantas nucleares.


O SIEN 2020


Em sua 11ª edição e em dia com os protocolos de segurança impostos pela pandemia da Covid-18, o SIEN 2020 será 100% online e vai congregar também, no terceiro dia, os debates voltados para as questões da comunicação no setor nuclear, tradicionalmente abordadas no ENCOM – Encontro de Comunicação no Setor Nuclear.


Praticamente todos os principais executivos do setor já confirmaram presença, entre os quais o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Política Nuclear Brasileira (CDPNB/GSI/PR) da Presidência da República, Antônio Capistrano;


Wilson Ferreira Júnior, Presidente da ELETROBRÁS; Leonam dos Santos Guimarães, Presidente da ELETRONUCLEAR; Antônio Carlos Soares Guerreiro, Presidente da AMAZUL; Carlos Freire Moreira, Presidente da INB; Carlos Henrique Silva Seixas, Presidente da NUCLEP, e Giovani Vitória Machado, Diretor da EPE.


A versão digital traz uma série de vantagens para todos os participantes, sejam palestrantes, inscritos ou patrocinadores: além da redução de custos permite a eliminação de todo e qualquer risco para o contágio a Covid-19. A edição 2020 reunirá cerca de 25 palestrantes durante o SIEN, e outros 14 debatedores no ENCOM, no terceiro dia. Com as grades totalmente integradas, mas separadas em dias diferentes, as duas agendas tornaram o evento mais atrativo e dinâmico. 


Além de Angra 3 e das novas usinas, o evento prevê uma grade bastante diversificada, que inclui outros temas como a criação de centros de irradiação na agricultura e medicamentos, medicina nuclear, o Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), mercado de combustível nuclear etc.


Mais informações siennuclear@gmail.com 


e/ou pelo tel.: (21) 3301-3208.




 Foto:  Mina de Urânio 
Download do release completo

SEGURANÇA PARA INVESTIDORES NO SETOR
NUCLEAR NO BRASIL SERÁ TEMA DO SIEN 2020

Brasil se prepara para investir R$ 300 bilhões em 30 anos
“O Brasil é um país seguro para investimentos no setor nuclear? Os sistemas, procedimentos e medidas de segurança física nuclear e tecnológica implementados garantem que a indústria nuclear tenha riscos corporativos aceitáveis? A transparência da governança da segurança física nuclear na indústria nuclear aponta para um investimento seguro no Brasil?”.

Estas são algumas das perguntas que certamente os investidores brasileiros e estrangeiros estão fazendo diante da possibilidade de dinamização do setor no Brasil, com a retomada das obras de Angra 3 e a projeção de construção de seis novas plantas nucleares no

nordeste do País até 2050, dentro do Plano Nacional de Energia – PNE 2050.

Estas questões estarão no centro dos debates da Mesa Redonda sobre o tema que acontecerá durante o SIEN 2020. A proposta é debater o Siprom - Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro, durante a mesa que ocorrerá no terceiro dia (30/10), com a participação de representantes do GSI/Presidência da República, CNEN e Eletronuclear.

Especialistas projetam investimentos de cerca de US$ 50 bilhões em um período de 30 anos, o equivalente a R$ 300 bilhões em 30 anos ou R$ 10 bilhões por ano, apenas para as novas plantas nucleares. A retomada de Angra 3 deverá mobilizar outros R$ 15,5 bilhões para conclusão da obra.

Já confirmaram presença na Mesa Redonda o especialista em Segurança Física Nuclear/GSI-PR, Cesar Henrique Romão; o especialista em Emergência Nuclear do GSI-PR, Jair dos Santos Oliveira; e o Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear/CNEN, Ricardo Gutterres. Para representar a Eletronuclear no debate foi convidado o Superintendente de Coordenação de Operação da ELETRONUCLEAR, Edmundo Selvatici.

O debate abordará também:

 Comunicação com a sociedade para desenvolver credibilidade e confiança.

 A estrutura nacional para resposta a uma situação de emergência nuclear.

 O contexto atual de gestão de riscos e ameaças no Brasil.

 A importância da comunicação com o público em uma situação de emergência nuclear.

O SIEN 2020

Em sua 11ª edição e em dia com os protocolos de segurança impostos pela pandemia da Covid-18, o SIEN 2020 será 100% online e vai congregar também, no terceiro dia, os debates voltados para as questões da comunicação no setor nuclear, radicionalmente
abordadas no ENCOM – Encontro de Comunicação no Setor Nuclear.

Praticamente todos os principais executivos do setor já confirmaram presença, entre os quais o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Política Nuclear Brasileira (CDPNB/GSI/PR) da Presidência da República, Antônio Capistrano; Wilson Ferreira Júnior, Presidente da ELETROBRÁS; Leonam dos Santos Guimarães, Presidente da ELETRONUCLEAR; Antônio Carlos Soares Guerreiro, Presidente da AMAZUL; Carlos Freire Moreira, Presidente da INB; Carlos Henrique Silva Seixas, e Giovani

Vitória Machado, Diretor da EPE.

A versão digital traz uma série de vantagens para todos os participantes, sejam palestrantes, inscritos ou patrocinadores: além da redução de custos permite a eliminação de todo e qualquer risco para o contágio a Covid-19. A edição 2020 reunirá cerca de 25

palestrantes durante o SIEN, e outros 14 debatedores no ENCOM, no terceiro dia. Com as grades totalmente integradas, mas separadas em dias diferentes, as duas agendas tornaram o
evento mais atrativo e dinâmico.

Além de Angra 3 e das novas usinas, o evento prevê uma grade bastante diversificada, que inclui outros temas como a criação de centros de irradiação na agricultura e medicamentos, medicina nuclear, o Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro
(Sipron), mercado de combustível nuclear etc.

Mais informações
www.sienbrasil.com.br
Mais informações
siennuclear@gmail.com 
ou pelo tel.: (21) 3301-3208 /99699-1954.
Foto: Angra 3 após conclusão 
Download do release completo

REPOSITÓRIO NACIONAL DE REJEITOS FECHA CICLO DO USO NUCLEAR SEGURO

Denominado RBMN/CENTENA, projeto é fundamental para a implantação de novas usinas e o crescimento da produção de radiofármacos no Brasil
A implantação do repositório brasileiro de rejeitos de baixo e médio níveis de radiação (RBMN/CENTENA) vai ser tema de debate durante o XI Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2020), que acontecerá nos próximos dias 28, 29 e 30 de outubro. O Repositório Nacional tem sido apontado por especialistas do setor como solução para a disposição segura dos rejeitos radioativos, tema que mobiliza empresas e pesquisadores em todo o mundo, devido ao crescimento do interesse dos países por esta fonte de geração de energia.

Segundo especialistas, o repositório nacional é um requisito técnico tanto para a operação de Angra 3, cuja obra será retomada em 2021, como para a implementação do reator multipropósito (RMB), um reator nuclear de pesquisa e produção de radioisótopos – elementos ativos dos radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de câncer e outras doenças. O RMB será capaz de multiplicar a capacidade do país para a produção desse insumo.
O inventário de rejeitos radiativos no Brasil já justifica o empreendimento, e ainda há a necessidade da unificação dos tratamentos e dos armazenamentos, para que se possa atingir todos os requisitos de segurança e de proteção desse material, dizem os especialistas. Tema do SIEN 2020, o projeto do RBMN/CENTENA, sob responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), está na fase de seleção do local para o repositório. O empreendimento terá licenciamento duplo, um por parte da autoridade nuclear e o ambiental ppelo Ibama.

As próximas etapas serão o projeto básico executivo, a construção da instalação e o repositório operacional. O Centena será um repositório complexo, permitindo a análise de segurança para os vários radionuclídeos gerados durante todas as operações nucleares no Brasil. Esse repositório vai cumprir o requisito de fechar o ciclo do uso dos materiais radioativos, seja para produção de energia elétrica, seja para pesquisa e desenvolvimento.

Setor em crescimento
No Brasil, o setor nuclear se preparar para dar um salto considerado definitivo pelos executivos e técnicos da área, depois que passou a ser tratado como política de Estado, ganhando um órgão de coordenação dentro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro - CDPNB/GSIPR.

Além da expectativa de investimentos de R$ 15,5 bilhões na retomada da usina nuclear Angra 3, prestes a definir um modelo de parceria internacional, a possibilidade de construção de oito novas plantas nucleares até 2050 no nordeste, dentro do Plano Nacional de Energia – PNE 2050, poderá gerar fortes investimentos no setor nuclear, que deve assumir um papel estratégico na retomada econômica pós-pandemia e impactar toda a cadeia industrial e de serviços. Especialistas projetam investimentos de cerca de US$ 50 bilhões em um período de 30 anos. Isto representa cerca de R$ 300 bilhões em 30 anos, o equivalente a R$ 10 bilhões por ano, apenas para as novas plantas nucleares.

O SIEN 2020
Em sua 11ª edição e em dia com os protocolos de segurança impostos pela pandemia da Covid-18, o SIEN 2020 será 100% online e vai congregar também, no terceiro dia, os debates voltados para as questões da comunicação no setor nuclear, tradicionalmente abordadas no ENCOM – Encontro de Comunicação no Setor Nuclear.

Praticamente todos os principais executivos do setor já confirmaram presença, entre os quais o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Política Nuclear Brasileira (CDPNB/GSI/PR) da Presidência da República, Antônio Capistrano;
Wilson Ferreira Júnior, Presidente da ELETROBRÁS; Leonam dos Santos Guimarães, Presidente da ELETRONUCLEAR; Antônio Carlos Soares Guerreiro, Presidente da AMAZUL; Carlos Freire Moreira, Presidente da INB; Carlos Henrique Silva Seixas, Presidente da NUCLEP, e Giovani Vitória Machado, Diretor da EPE.

A versão digital traz uma série de vantagens para todos os participantes, sejam palestrantes, inscritos ou patrocinadores: além da redução de custos permite a eliminação de todo e qualquer risco para o contágio a Covid-19. A edição 2020 reunirá cerca de 25 palestrantes durante o SIEN, e outros 14 debatedores no ENCOM, no terceiro dia. Com as grades totalmente integradas, mas separadas em dias diferentes, as duas agendas tornaram o evento mais atrativo e dinâmico.  

Além de Angra 3 e das novas usinas, o evento prevê uma grade bastante diversificada, que inclui outros temas como a criação de centros de irradiação na agricultura e medicamentos, medicina nuclear, o Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), mercado de combustível nuclear etc.

Mais informações siennuclear@gmail.com 
e/ou pelo tel.: (21) 3301-3208.

Foto: Maquete repositório de rejeitos 
Download do release completo

PRESIDENTE DA ELETRONUCLEAR DIZ EM ENTREVISTA
QUE PARCEIRO DE ANGRA 3 SERÁ CONHECIDO 
EM 2022 

25, 26 e 27 DE AGOSTO DE 2021 RESERVE ESTA DATA
O Presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, concedeu entrevista ao Programa Alesfe Talks, da TV Senado, um espaço para advogados e consultores do Senado Federal tirarem dúvidas de temas relevantes no Brasil, sobre o tema “Energia Nuclear”.

Leonm Guimarães falou sibre duversos pontos importantes da Medida Provisória 998/2020, que trata sobre mudanças estruturais no sistema de energia brasileiro, que agora tramita como Projeto de Lei, e voltará a ser debatida a partir de fevereiro no Senado, além de outros assuntos que merecem esa reprodução. Os principais trechos dessa conversa, Leonam esclareceu muitos pontos sobre a retomada das obras de Angra 3:

– A modelagem da retomada de Angra 3 é um tema que vem sendo estudado há muito tempo, ganhou impulso no final de 2017 e realmente começou a se sustentar já no atual governo. A usina de Angra 3 foi definida como projeto prioritário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Para isso, foi criado um grupo de trabalho interministerial, que assessorava o atual comitê do PPI. Esse comitê determinou que contratássemos o BNDES para a estruturação do modelo de negócio.

Desde aquela época até a entrada do BNDES neste trabalho, nós considerávamos nos estudos internos a possibilidade da entrada de parceiros internacionais privados minoritários. Era o que pensávamos. Ao longo dos estudos do BNDES, foi demonstrado que essa alternativa que, em pese ser desejável e interessante, não é indispensável e necessária para a viabilidade econômico-financeira do empreendimento.

O BNDES vem trabalhando nessa modelagem e concluiu o seu relatório inicial. Hoje, o Conselho do PPI tomou a decisão de enviar esse estudo para o CNPE para o acompanhamento da implantação da usina de Angra 3. Esse trabalho continua sendo feito pelo BNDES, em sua segunda fase, com a expectativa que em 2022 seja feito o grande contrato de EPC para a conclusão da obra.

Hoje, os estudos do BNDES estão em andamento, com uma série de diligências necessárias para que seja feita esta licitação internacional para a contratação do epcista. O projeto entrou nos trilhos e está avançando. O nosso objetivo e o do planejamento do sistema elétrico é a entrada de Angra 3 ao final de 2026. Para garantir que isso aconteça, a Eletrobrás está dando suporte de investimento àquilo que nós chamamos de Programa de Aceleração do Caminho Crítico do empreendimento. Ou seja, o objetivo é a retomada do empreendimento naquelas partes que fazem parte do caminho crítico, de forma a garantir que a data de entrada em operação comercial da usina não seja comprometida. Esse plano de investimento da Eletrobrás em Angra 3 é o maior investimento previsto dentro do seu plano diretor de negócios. As duas coisas estão acopladas, funcionando em paralelo e harmonicamente para efetivamente cumprir o planejamento de expansão da energia elétrica prevista.

O Presidente da Eletronuclear falou também sobre as observações do Tribunal de Contas da União (TCU):

– Existe uma grande preocupação no formato do ponto de vista jurídico e também do ponto de vista das orientações e determinações do TCU. Importante dizer também que todas as ações e atividades relacionadas aos investimentos da Eletrobrás em Angra 3 estão em andamento. Já foram alocados investimentos importantes em 2020. Para este ano, a ordem de grandeza desses investimentos é um pouco maior, o que permitirá dar início a várias frentes de trabalho importantes. O objetivo é não perder tempo até o momento da contratação do epecista – que é um trabalho relativamente longo -, garantindo que até o final de 2026 a usina esteja em operação.

A retomada da obra já está em andamento. Ela vai se convergir justamente com o trabalho que o BNDES está fazendo. Lembrando sempre também que esse tema corre em paralelo com o processo de capitalização da Eletrobrás. Essas atividades se juntam para uma solução que atenda a todos esses aspectos
complexos envolvidos.

Para alguns críticos da geração nuclear de energia, o valor de R$ 480,00 por MW/hora é muito alto e prejudicaria o consumidor. Mas isto foi desmistificado por Leonam Guimarães, que deu uma explicação definitiva sobre esta questão:

– Essa visão de que o consumidor será prejudicado é bastante equivocada. Ela parte do princípio de que a eletricidade é uma commodity, o que não condiz com a realidade. Na realidade, o valor da eletricidade depende da característica da fonte, do local e da hora em que é produzida.

Por exemplo, no sistema elétrico existem fontes que geram energia de base, que geram energia durante todo o tempo. Há também fontes de natureza intermitente, como a energia eólica e solar. E ainda existem fontes com uma sazonalidade de prazos mais longos, como é o caso da hidroeletricidade. Por fim, você tem as fontes de energia térmica convencional, geradas por energia fóssil, que são extremamente sensíveis à volatilidade dos preços 
desses combustíveis.

Então, na realidade, não se pode fazer comparações diretas por preço unitário das fontes. O que importa para o consumidor é o custo total do sistema, valor que será rateado por todos eles. No sistema das bandeiras, as condições hídricas fazem com que seja aumentado o despacho térmico, usando fontes mais caras. Se fizéssemos uma simulação com Angra 3 operando no Brasil a R$ 480 por MWh nos últimos anos, o custo total do sistema se reduziria e não aumentaria. Em que pese esse número (R$ 480/MWh), isoladamente, seja superior ao custo do Kilowatt/hora gerado pela energia solar.

A diferença é que as bandeiras vão despachando energia térmica cada vez mais cara, bem superior ao valor de R$ 480 de Angra 3. Isso significa que o impacto de Angra 3 é deixar de ser necessário o despacho de energias térmicas mais caras do que R$ 480 ao longo de um ano. Então, a análise do que está sendo repassado para o consumidor não pode ser o valor unitário do preço de produção de uma fonte. O que deve ser avaliado é o custo do sistema como um todo – com e sem Angra 3. Em uma simulação recente feita pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), a pedido do Ministério de Minas e Energia e apresentada em audiência pública a pedido do IBAMA, ficou claro que, em 2020, o custo do sistema iria cair se Angra 3 estivesse operando. Então, na realidade, você não está passando custo para o consumidor, mas sim reduzindo o custo total do sistema e, portanto, reduzindo o custo individual de 
cada consumidor.

A dificuldade na questão foi o financiamento da Usina Nuclear Angra 3, que foi outro tema abordado na entrevista:

– O marco zero da construção da usina é junho de 2009. O marco zero da construção de uma usina nuclear é sempre a primeira concretagem da laje do prédio do reator. Os trabalhos feitos anteriormente não caracterizam o início da construção. O grande calcanhar de Aquiles da energia nuclear é que o custo capital é muito elevado. É um investimento de grande volume de recursos, com um prazo muito longo de maturação para dar o retorno esperado. Isso envolve riscos elevados, o que acaba elevando o custo do capital nesses empreendimentos. A interrupção das obras de Angra 3, depois de seu início formal, aconteceu em virtude da falta de recursos próprios para dar a contrapartida aos financiamentos feitos ao BNDES. Essa foi a primeira razão para a interrupção das obras.

Depois veio a Lava Jato, que inviabilizou uma solução para uma nova equação financeira para o empreendimento. Nesse valor, determinado pelo CNPE, com base no estudo da EPE, ele elimina os custos da ineficiência. Ou seja, todos os custos não produtivos que ocorreram ao longo desse período. Esse valor é compatível e menor do que o de usinas que estão sendo construídas atualmente em estágio avançado, como a Usina de Hinkley Point B, no Reino Unido, e Akkuyu, na Turquia. Uma é um pouco mais potente do que Angra 3 e a outra um pouco menos. Mas são bastantes similares ao preço de R$ 480, de acordo com a taxa de câmbio da época. Quando foi feita esta avaliação, era bastante compatível, com Angra 3 sendo inferior a essas duas usinas.

Na realidade, esse preço foi expurgado. Inclusive foi dada baixa contábil desses valores de perdas, estimadas pela empresa que foi contratada pela Eletrobrás para investigar eventuais desvios e irregularidades cometidas por gestores da empresa. Ou seja, nesse valor não está embutido esses aspectos improdutivos. Esse preço de referência de R$ 480 não foi estabelecido pela Eletronuclear, mas pelo CNPE através do estudo da EPE.

E aí chegamos na MP 998 que, em um de seus artigos, diz que quem estabelece os preços de venda de energia seria o BNDES. A MP também estabelece, em critérios bem claros, como esse preço é calculado e o que deve ser levado em consideração pelo BNDES e os critérios. Isso dá uma importante segurança jurídica para que haja o investimento no empreendimento. A Eletrobrás está fazendo investimento e precisa ter segurança de que o valor de energia seja compatível com investimento a ser feito.

Leonam Guimarães falou também sobre os entraves ao crescimento do uso da energia nuclear no Brasil e a grande possibilidade de expansão deste setor:

– O maior problema enfrentado pela cadeia produtiva da energia nuclear tem a ver com o combustível nuclear. O combustível nuclear responde hoje, na situação brasileira, por 18% do custo de operação de uma usina, considerando também a remuneração do capital. Como nós temos um parque muito pequeno de produção, a escala de produção do combustível é muito baixa. E em escala baixa, os custos acabam sendo mais altos. A Eletronuclear, que é propriedade da Eletrobrás, é uma empresa independente do Tesouro Nacional. Dessa forma ela tem acesso ao mercado de capitais e a financiamentos. Já a INB, que tem o monopólio de materiais radioativos, é uma empresa dependente do Tesouro. Por sua vez, não tem acesso ao mercado de capitais, financiamentos, e tem muita dificuldade de expandir sua produção. Para viabilizar a produção de combustível nuclear de uma forma econômica, é necessário ganhar escala. Para isso, tem que produzir mais e se introduzir no mercado internacional, passando a ser um ator no mercado internacional de combustível nuclear.

O Brasil tem grandes reservas de urânio e o domínio tecnológico de todas as etapas de seu processamento. Ou seja, o país reúne todas as condições para ser efetivamente um importante player no mercado internacional de combustível nuclear. Lembrando que a estabilidade, do ponto de vista político, é um fator muito importante. Hoje, vários players do mercado internacional de combustível vêm de países onde há uma certa instabilidade política e econômica. O Brasil agregaria segurança de abastecimento ao mercado internacional. Lembrando que a energia nuclear gera 10% da energia elétrica do mundo e existem 442 usinas em operação no planeta. Ou seja, o aumento de escala de produção de combustível nuclear, via participação no mercado internacional, é um elemento que reforçaria essa cadeia produtiva aqui no Brasil.

Depois, tem a fabricação de componentes. Há um parque industrial importante adaptado à fabricação de grandes componentes, que é a Nuclep. A empresa também está envolvida com a Marinha na fabricação dos submarinos. A Nuclep tem todas as condições de participar desse mercado internacional de componentes. A Nuclep também é dependente do Tesouro e não tem acesso a financiamentos.

Como essas duas empresas continuarão sob o guarda-chuva do Estado, não teria uma solução rápida. Teria que ser escalonada. É preciso fazer uma independência paulatina, especialmente da INB, mas também da Nuclep. Já foi dado um grande passo na INB, destacado pelo Presidente da República, porque o Brasil voltou a produzir concentrado de urânio. O país passou vários anos sem produção por razões de natureza técnica e econômica. A produção foi retomada e espera-se com grande expectativa, o início da produção da Mina de Santa Quitéria, no Ceará, que é uma mina de fosfato, cujo subproduto é o urânio. 

Com essa produção, poderíamos começar a pensar em atender 100% à demanda interna, mas também participar do mercado internacional, como via para fugir da dependência do Tesouro. Sem dúvida, transformar a INB e Nuclep em empresas públicas é o primeiro degrau para tirar os sócios minoritários e, com maior autonomia, proporcionar uma tomada de decisões para esses passos seguintes. Angra 3 é uma grande alavanca para se aumentar a escala de produção.  

– Sobre a pressão de ambientalistas, em geral sem conhecimento técnico, os esclarecimentos do Presidente da Eletronuclear são definitivos, principalmente quando se refere a acidentes nucleares e aos rejeitos nucleares:

– É curioso chamar o acidente nos Estados Unidos, de Three Miles Island, como um acidente de grandes proporções. Que acidente é esse que não causou nenhuma vítima e nenhum dano ao meio ambiente? Foi uma perda de grandes proporções sim, mas para o proprietário da usina, porque ela se tornou inoperante. Mas sem vítimas e zero dano ao meio ambiente.

Fukushima. Fenômeno natural não previsto causou o acidente. Ninguém morreu por causa da radiação

O acidente de Chernobyl foi um acidente que não teve a natureza tecnológica, mas cultural da antiga União Soviética. A cultura que existia até então permitiu colocar a produtividade à frente da segurança. O chefe da usina decidiu tomar uma decisão contrária ao manual de operação da usina. A partir daí, cada vez mais, nasceu o conceito maior de segurança. Ou seja, Chernobyl não foi um problema tecnológico, mas de cultura de quem operava a usina. A realidade hoje é completamente diferente. Isso foi há 30 anos. Hoje, a realidade da Rússia é muito diferente.

O acidente de Fukushima foi causado por um fenômeno natural, com previsibilidade muito baixa. Não era esperado acontecer. Foi um terremoto que a usina resistiu perfeitamente, seguido de um tsunami com uma altura na qual a usina não estava projetada. Volto a dizer: quantas vítimas da radiação foram causadas por Fukushima? Nenhuma. As vítimas do incidente foram em virtude de uma evacuação precipitada e sem planejamento. Hoje, aliás, esse é um tema que se discute bastante.

Em relação ao que se diz sobre o chamado lixo nuclear, ainda se fala como se fosse lixo o elemento de combustível usado. Do ponto de vista legal, nem no Brasil e em muitos países do mundo, o combustível nuclear usado é lixo. Por uma razão muito simples: existe um enorme potencial energético ainda no combustível usado, que poderá ser aproveitado pelas gerações futuras, porque é um legado positivo. A viabilidade econômica e financeira de aproveitamento desse potencial é limitada, porque custa muito caro. Chamar o combustível nuclear usado de lixo é uma decisão estritamente política, porque os rejeitos de alta atividade respondem de 5 a 10% da massa total desse combustível. O restante da quantidade da massa desse combustível pode ser reciclado e já o é em vários locais do mundo. Não só na França e na Rússia, mas também no Reino Unido e Japão.

A responsabilidade do operador é manter o combustível usado em condições seguras de armazenagem de longo prazo. E nós estamos em processo de licenciamento de uma instalação deste tipo. Essa instalação é rigorosamente idêntica a mais de duzentas instalações iguais que existem em todo mundo. Em especial nos Estados Unidos, que tem quase um quarto do parque internacional da indústria nuclear. Estamos fazendo rigorosamente a mesma coisa do que é feito na América, na Europa Ocidental e no Japão. Questionar a segurança dessa armazenagem chega a ser uma coisa muito estranha. Aliás, a ganhadora da licitação que abrimos para construção dessa armazenagem é uma empresa americana que já instalou mais de 70 unidades desse tipo em todo o mundo. Não há nenhuma razão para se questionar uma instalação desse tipo. Basta olhar em volta, olhar o que é feito no mundo e quem está fazendo esta instalação.
FONTE: TV SENADO / PETRONOTÍCIAS

 Foto: Leonam Guimarães - Presidente da EletroNuclear
Download do release completo

PROJETO DA AGÊNCIA REGULADORA DO SETOR
NUCLEAR CHEGA AO CONGRESSO EM SETEMBRO

Medida abre caminho para a quebra do monopólio e para parcerias na geração de energia, mineração de urânio e produção de radiofármacos
Apesar da crise provocada pela pandemia da Covid-19, o ano de 2020 foi de grandes avanços para o setor nuclear, que desenvolveu uma agenda bastante ousada de debates e decisões favoráveis à conclusão e implementação de antigos e novos projetos.

Esse leque de boas notícias culminou com o anúncio do próprio Ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, durante o XI SIEN, considerada a agenda mais completa do setor em 2020, acenando com investimentos da ordem de R$ 15,5 bilhões a partir deste ano em empreendimentos nucleares no Brasil; e na sequência, pela Eletrobrás, no final de dezembro, confirmando a inclusão em seu novo plano de negócios para o período entre 2021 e 2025, de investimentos de R$ 15,3 bilhões no projeto de Angra 3 nos próximos cinco anos.

O projeto de Angra 3 será, de longe, o principal foco de investimentos da estatal até 2025, consumindo 37,2% do total de recursos previstos no novo plano de negócios (R$ 41,1 bilhões). Em 2021, serão R$ 2,8 bilhões; em 2022 e 2023, cerca de R$ 3,4 bilhões em cada ano e, por fim, em 2024 e 2025, a Eletrobrás desembolsará R$ 3,2 bilhões e R$ 2,2 bilhões no empreendimento. respectivamente.

O Ministro de Minas e Energia reafirmou a prioridade do setor nuclear no atual governo, afirmando que as ações com vistas a impulsionar o Programa Nuclear Brasileiro contam com o apoio irrestrito do Presidente Jair Bolsonaro, “que identifica o desenvolvimento do setor nuclear como uma prioridade para a sua gestão”. E ressaltou outras decisões e projetos importantes como a flexibilização da mineração de urânio, o projeto do repositório nacional de rejeitos, irradiação na agricultura, medicina nuclear com o RMB, a conclusão do Labgene e o estabelecimento de uma cadeia produtiva para o setor, um cluster nuclear, integrando empresas, laboratórios e indústria.

Todos esses assuntos estarão na pauta do XII Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2021, que este ano poderá ser online e também presencial, dependendo da evolução da vacinação no País. Mais uma vez, o SIEN vai congregar ainda, no terceiro dia, os debates voltados para as questões da comunicação no setor nuclear, tema estratégico para conscientizar a sociedade sobre os benefícios socioeonômicos da tecnologia da radiação. 
A data já está confirmada e já pode ser reservada na agenda: 25, 26 e 27/08/2021. Por ser também online o evento teve em 2020 quase 3.000 acessos durante os três dias e com certeza vai repetir o sucesso em 2021, quando esperamos um número ainda maior de participantes.

Empresas interessadas em participar do XII SIEN como patrocinadoras, integrando a grade de palestras, divulgando sua marca e suas soluções, tecnologias e experiências para o mercado podem entrar em contato com a Casa Viva.

As inscrições também estão abertas e podem ser feitas online (www.sienbrasil.com.br) e através do formulário próprio do evento que pode ser solicitado no e-mail inscrição.planeja@gmail.com.

Mais informações:
siennuclear@gmail.com / casavivaoperacional@gmail.com / inscricao.planeja@gmail.com e/ou pelo tel.: (21) 3301-3208.

Foto: Bento Albuquerque
Download do release completo

AMAZUL VAI PROMOVER A CRIAÇÃO DE CENTROS DE IRRADIAÇÃO NO BRASIL
Tecnologia permite a esterilização de alimentos, medicamentos, cosméticos 
e outros produtos
A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. vai promover a criação de centros de irradiação no Brasil com o objetivo de fornecer tecnologias nucleares destinadas à esterilização de alimentos, medicamentos e outros produtos e insumos. O projeto será detalhado pelo diretor-presidente da Amazul, Antonio Carlos Soares Guerreiro, em palestra no 11º Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2020), no dia 29/10, às 12h. A Amazul, empresa criada para desenvolver tecnologias para o Programa Nuclear da Marinha, Programa de Desenvolvimento de Submarinos e Programa Nuclear Brasileiro, é uma das patrocinadoras do SIEN 2020, que será realizado de 28 a 30 de outubro próximo.

Segundo Guerreiro, um dos clientes potenciais dos centros de irradiação é o agronegócio, que representa cerca de 25% do PIB brasileiro e respondeu por 43% das exportações brasileiras em 2019. A irradiação elimina bactérias e microorganismos prejudiciais à saúde e aumenta o período de conservação dos alimentos, trazendo ganhos de produtividade para a cadeia de produção. “Para se ter uma ideia do potencial de negócio basta lembrar que o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do Planeta e poderá, com a tecnologia da irradiação, aumentar as exportações dos produtos”, diz Guerreiro.

O interesse por esta tecnologia tem aumentado desde a criação de um Grupo Técnico para tratar do tema no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR), sob a liderança do Ministério da Agricultura e com a participação de diversos órgãos do governo. Representantes de setores produtivos ficaram interessados em utilizar esta tecnologia, que não é nova, mas pouco utilizada no País.

O primeiro passo é a identificação de fornecedores de equipamentos. A ideia, segundo Antonio Guerreiro, é fazer uma chamada pública internacional para oferta de equipamentos e sistemas de irradiação, na qual serão selecionadas as melhores soluções para cada tipo de emprego da irradiação. A Amazul, mediante aporte de recursos do cliente final, fará o projeto de engenharia, o licenciamento radiológico e a contratação da empresa responsável pela construção, montagem e comissionamento dos equipamentos, bem como a fiscalização do empreendimento, até a entrega ao usuário final. Após a seleção dos fornecedores, serão divulgadas as condições gerais para os interessados do setor produtivo em obter as instalações.

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), é responsável pela introdução da tecnologia no País e dará o apoio técnico ao projeto.

Quem é a Amazul

A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. foi constituída, em 2013, para promover, desenvolver, absorver, transferir e manter as tecnologias necessárias ao Programa Nuclear da Marinha (PNM), Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Dentro do PNM, atua no projeto para construir, comissionar e operar um protótipo de reator nuclear de potência, totalmente nacional, e para aumentar a produção de combustível nuclear.

Em relação ao Prosub, ajuda a desenvolver tecnologias como o Sistema Integrado de Gerenciamento de Plataforma e o Sistema de Combate de Submarinos.

A Amazul faz parte do esforço para aumentar a oferta de energia no País. Em parceria com a Eletronuclear, trabalha na extensão da vida útil da Usina Nuclear de Angra I. Com a INB, elabora o projeto de ampliação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) em Resende (RJ), dentro do programa da estatal para abastecer as usinas de Angra com combustível nuclear totalmente nacional.

A Amazul também desenvolve projetos para prevenir e tratar doenças e melhorar a qualidade de vida de milhões de pacientes. Atua na implantação de um programa de modernização no Centro de Radiofarmácia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para a produção de radiofármacos. Também com a CNEN, projeta o Reator Multipropósito Brasileiro, voltado para pesquisa e a produção de matéria prima para a fabricação de radiofármacos usados no diagnóstico e no tratamento do câncer.

O SIEN 2020

Em dia com os protocolos de segurança impostos pela COVID-19, o SIEN 2020 será 100% online e vai congregar também, no terceiro dia, o debate voltado para as questões da comunicação no setor nuclear, que tradicionalmente eram abordadas no ENCOM – Encontro de Comunicação no Setor Nuclear e agora passam a ser parte integrante do SIEN.

Além de reunir representantes de empresas brasileiras e de diversos países, por ser online o evento deverá congregar um número ainda maior de participantes. A edição 2020 do SIEN reunirá cerca de 25 palestrantes, durante dois dias de realização, e outros 14 debatedores no fórum sobre comunicação.

O SIEN 2020 terá como tema central o novo modelo de negócios para a retomada de Angra 3, além da perspectiva de construção de até oito novas usinas nucleares até 2050, dentro do Plano Nacional de Energia – PNE 2050. Especialistas projetam investimentos de cerca de US$ 50 bilhões em um período de 30 anos. Isto representa cerca de R$ 300 bilhões em 30 anos, o equivalente a R$ 10 bilhões por ano, apenas para as novas plantas nucleares, além dos cerca de R$ 15,5 bilhões previstos para a conclusão da usina nuclear de Angra 3.

Já confirmaram presença executivos das principais empresas do setor nuclear, como Eletronuclear, Nuclep, INB, Rosatom América Latina, Amazul e outras.

Além dos palestrantes, o SIEN 2020 prevê a presença de 500 inscritos de empresas públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, técnicos, especialistas, estudantes e pesquisadores. Todos os inscritos receberão o material do evento exclusivamente via canais digitais, não havendo perda de conteúdo para os participantes. Toda a programação, palestras, mailing e outras informações também serão entregues via canais digitais.

Mais Informações: siennuclear@gmail.com casavivaoperacional@gmail.com / inscricao.planeja@gmail.com e/ou pelo tel.: (21) 3301-3208.    
MAIS NOTÍCIAS
Foto: Divulgação AMAZUL
Download do release completo
Tecnologia Nuclear a Serviço da Sociedade I 28 e 29 de outubro – SIEN 2020 I 30 de outubro – ENCOM 2020 – Encontro de Comunicação no Setor Nuclear
(55 21) 33013208 | 2262 9401
siennuclear@gmail.com