ALINHAMENTO MAIOR ENTRE OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO
PODE AGILIZAR USO DA IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS NO BRASIL
Técnica defendida pela Abrafrutas para potencializar o agronegócio brasileiro está na agenda do XIII SIEN
- Viabilizar a demanda de produtos em volume necessário para justificar os investimentos públicos/privados em irradiadores multipropósito instalados o mais próximo possível das áreas de produção e escoamento dos produtos é o requisito que falta para tornar realidade a aplicação tecnologia de irradiação de alimentos em escala comercial no Brasil. O uso dessa técnica é apontado como um forte aliado para fortalecer as exportações do agronegócio brasileiro.
Esta é a visão da Associação Brasileira de Produtores de Frutas (Abrafrutas), que defende o fortalecimento do alinhamento que já vem acontecendo entre o setor público e o privado para identificar e resolver esses gargalos. O tema estará em debate na XIII edição do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2022), que acontece de 08 a 11 de novembro, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro.
A Abrafrutas lembra que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, superando 44 milhões de toneladas produzidas em 2021. Nos últimos anos, o país tem registrado crescimento exponencial na exportação de frutas frescas e processadas, chegando a 1,2 milhão de toneladas exportadas, que geraram um faturamento de US$ 1,06 bilhão no ano passado. A expansão das exportações brasileiras de frutas através da conquista de novos mercados passa diretamente pela adoção de tecnologias como a da irradiação.
Com vistas a ampliar cada vez mais o mercado externo, produtores e exportadores buscam medidas que reduzam os riscos fitossanitários e aumentem a segurança e a vida útil das frutas. A tecnologia de irradiação tem se mostrado uma alternativa bastante viável para que o setor consiga atingir esse objetivo.
A tecnologia de irradiação já foi testada pela Abrafrutas e ficou comprovado que amplia a vida útil dos alimentos ao retardar a maturação de frutas sem alterar a textura, cor, aroma e sabor.
Outro ponto importante que a entidade destaca é que “essa tecnologia diminui significativamente as perdas pós-colheita e facilita a distribuição e comercialização das frutas nos mercados interno e externo”. Com a redução da presença de parasitas, fungos, bactérias e leveduras nocivas ao homem, a tecnologia de irradiação torna as frutas mais seguras sob o ponto de vista microbiológico.