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Projeto deixa o Brasil mais próximo da autosuficiência post

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A Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio está sendo implantada de forma modular, em duas fases. A primeira, que foi concluída no final de 2022, conta com 10 cascatas de ultracentrífugas em operação, destinadas ao enriquecimento de urânio, que é transformado em combustível nuclear pela INB e enviado às usinas de Angra. O empreendimento permite à INB atender a 70% da demanda das recargas anuais de Angra 1, reduzindo seu grau de dependência na contratação do serviço no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais.

 

Com a segunda fase de implantação, denominada Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU), a INB deverá operar com mais 30 cascatas de ultracentrífugas, o que garantirá ao Brasil a autossuficiência no enriquecimento de urânio. A previsão é de que, até o ano de 2033, a empresa tenha capacidade de atender, com produção totalmente nacional, à demanda de combustível de Angra 1 e de Angra 2 e, até 2037, às necessidades de Angra 3.

 

Para o presidente da INB, Carlos Freire Moreira, esse empreendimento “deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros, visto que o enriquecimento isotópico de urânio é uma tecnologia de ponta e 100% nacional, desenvolvida pela Marinha do Brasil em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares”.

 

A parceria com a INB começou em 2015, quando a AMAZUL assinou contrato para a elaboração de projeto conceitual e básico da Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos Críticos e Treinamento da Fábrica de Combustível Nuclear.

 

O diretor-presidente da AMAZUL, Newton Costa, também destacou a importância do projeto, “que contribui para diversificar a matriz e garantir a segurança energética do País com energia limpa, com impactos positivos no enfrentamento das mudanças climáticas”.

 

Sobre as empresas envolvidas

 

A AMAZUL foi constituída em 2013 com o objetivo de absorver, promover, desenvolver, transferir e manter atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). A empresa participa de vários empreendimentos, entre eles o desenvolvimento do submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear; o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); o projeto de extensão da vida útil de Angra I, em parceria com a Eletronuclear; e o desenvolvimento de dispositivo de assistência ventricular (DAV) para pacientes com insuficiência cardíaca, junto com a Fundação Zerbini – INCOR. Hoje, a AMAZUL é a maior contratante de engenheiros na área nuclear.

 

A INB atua na cadeia produtiva do minério de urânio, o "ciclo do combustível nuclear", que inclui a mineração, o beneficiamento, o enriquecimento, a fabricação de pó, pastilhas e do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras. Empresa pública vinculada à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), a INB exerce, em nome da União, o monopólio da produção e comercialização de materiais nucleares. Também atua na execução de serviços de engenharia do combustível e na produção de componentes dos elementos combustíveis.

 

           A Fundação PATRIA foi instituída por meio de um convênio entre a Marinha do Brasil, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Prefeitura de Iperó/SP, tendo por objetivo criar condições para a instalação de indústrias de alta tecnologia na região de Iperó/SP, prioritariamente de empreendimentos da área nuclear.


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